sexta-feira, junho 30, 2006

Por falar em terras...

Eu vivo em Gaia, o maior dormitório do país, mas aquela com que realmente me identifico é o Porto, onde é passado muito do meu tempo (não só o livre). E, apesar de não votar no Porto e, portanto, não ser responsável por estar um ditador autista e culturalmente insensível como presidente da câmara, preocupo-me com a cidade que mais gosto. Já nem falo das más obras públicas que se fazem (os aliados são o quê agora? Um monte de cimento? Quem foi que deixou o Siza desenhar projectos urbanísticos? Vila do Conde e Aliados, errou nos dois...), nem falo sobre a avalanche de novas empresas públicas que ele tem criado na câmara (empregos para os "amigos" e até para ele um dia, digo eu) , o que realmente me choca são as suas atitudes quanto às liberdades individuais e colectivas, aquilo que, à priori, nunca deveria ser posto em causa: começou pelo tratamento indigno em relação aos jornalistas e cortando relações com estes achando-se, lá do alto do seu ego, "superior" ao que os jornais escrevem e talvez "poderoso" o suficiente para poder decidir o que escrevem sobre ele; o mais recente atentado contra a liberdade é a nova "lei da rolha" por ele criada e que, simplesmente, decreta que as instituições que criticarem o município deixam de receber subsídios da câmara, ponto! (A notícia aqui)
Ele teria dado um óptimo político, é certo, mas noutros tempos...

2 comentários:

PL disse...

Eu gostei particularmente do "subsídios" de 150.000€ dados por Luis Filipe Menezes, a muitos dos jornais locais. Estranho é o facto de, inerentemente ao subsídio, estar um pacto controlador e apaziguador das críticas à autarquia.
Segundo consta, os jornais não podiam rejeitar o dito "pacto", sob pena de não terem direito às verbas sem as quais,provavelmente, não conseguiriam sobreviver.
(sei também que o único jornal local ao qual não foi feita a proposta, foi um jornal localmente conhecido por ser muito crítico da actual direcção de câmara)

Paredes disse...

fodasse! por ca, vale mm tudo...