segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Fluídos: entre toda a publicidade de televisão aquela que na minha opinião pode ser considerada, acima de tudo, arte contemporânea do mais belo que pode haver é a de pensinhos higiénicos/fraldas contra a incontinência. Acho que uma mulherzinha terrivelmente assustadora vestida de vermelho com uma bolha na mão que simboliza nada mais nada menos que o odor, ou seja o pivete, é de uma subtileza apreciável. E a parte em que a mulherzinha é brutalmente perseguida também... São anúncios que ficarão irremediavelmente na história até porque são os mais frequentes na nossa televisão. Porra! Será que em Portugal o mercado dos pensos é assim tão bom? É um fenómeno interessante porque só se verifica com tal intensidade no nosso país. Será que é mesmo necessário haver anúncios destes para as portuguesas usarem os ditos cujos? É um questão pertinente... Mas desenganem-se os que acham que só isto é que me tira o sono! Não! Não! Não! Há ainda outro aspecto relacionado ainda com os mesmos anúncios que me faz dar voltas em torno de mim mesmo em busca de uma cauda qual cachorrinho confuso. Não é que eu me excite a ver uma ou mais mulheres a urinar. Nada disso. Essa nem sequer faz parte do vasto leque de fantasias sexuais que me preenchem a mente. Mas estou realmente curioso em ver tal acto in loco apenas e só para comprovar a cor da urina feminina ou até mesmo pedir um pensinho usado a uma amiga só para estudar a sua coloração. Nos anúncios televisivos o fluído é sempre azul. Se na realidade não é então a DECO deve actuar. Porque entre urina, sangue e outros liquídos que supostamente sairão do belo interior feminino não me parece que azul seja a cor predominante, pelo menos se de uma humana se tratar porque toda a gente sabe que a mulher do robocop expele líquidos azuis devido à oxidação do ferro. Parece-me que estas dúvidas são deveras pertinentes e que mais uma vez as respostas mudarão o mundo. Chega de nos enganarem nas publicidades!! Só faltava dizerem que o chocapic não nasceu de uma derrame de chocolate numa seara de trigo e que o capitão Iglo não existe!!

sábado, fevereiro 12, 2005

Ideias soltas

Pois bem , o difícil é falar quando nada há para falar. Uma das regras inicialmente estabelecidas neste espaço recreativo foi que não forçaríamos a escrita, ou seja, quando nada se tem a dizer, mais vale estar calado.
Por outro lado, é por isso que cá estamos, para não dizer nada de jeito. Se o que temos para dizer é pastoso, pois que seja dito.
Trato este carinhosamente este blog por "autoclismo da alma", expurgante de demónios interiores.

Ora, como o assunto não é nenhum (ou não quer ser nenhum), o assunto, esse, passa a ser todos.

A pedido de muitos fãs, reconsiderei a minha posição em relação ao meu colega vinicultor optimistic e é provável que se mantenha na equipa do Pasta's por mais algum tempo. A ver...

Queria também deixar aqui expresso, o meu desejo em contratar, temporario-ou-definitivamente, mais um colaborador que nos ajude a apanhar as uvas do pensamento. Alguém cujo perfil complete ou acrescente algo de novo ao Pasta's. Alguém com "o" espírito.

Quando passo na rua perguntam-me diversas vezes porque falo de pessoas como o Dr.Gentil Martins ou João César Monteiro. Fácil. Há pessoas que têm o seu quê de "savoir faire" (isto existe certo?!), pessoas que admiramos sem saber porquê ou como. Esses são dois deles. Hail Dr. Gentil (grande atleta) e hail JCM! (que neste momento com os seus diálogos deve estar a fazer corar de vergonha o senhor Jesus)

Perguntam-me também como vai o (meu) dente, ao que eu respondo: "Vai bem obrigado."

Por outro lado, preocupam-me as conversas que ouço quando saio à rua. Das poucas vezes que o faço, ultimamente, todas as conversas de esquina entre "senhoras-com-os-seus-40-50-anos-que-vêm-das-compras-no-mini-mercado-e-já-não-se-vêem-há-algum-tempo-e-são-só-conhecidas-e-já-nem-se-lembram-de-onde-se-conhecem-simplesmente-desde-sempre-que-se-cumprimentam-uma-à-outra-sem-saber-porquê" degeneram num hino à espontaneidade que é o já típico: "E os meninos. vão bons?". A partir deste momento, sei já que a conversa não demorará certamente mais do que 20 segundos pois as mentes das mesmas esgotaram a capacidade de encontrar assunto para falar. A conversa segue o seu rumo com obras primas como: "Estão grandinhos, sabe como é... Eles crescem, o tempo passa a correr, tão uns homenzinhos."
E lá posso ir ao pão, ciente de que experienciei o ponto mais alto do meu dia.

Há algo, ou melhor, alguém que me deixa tristonho hoje em dia. A pessoa que mais me desiludiu nos últimos 5/6 anos foi sem dúvida esse vulto que é Vitor Espadinha. Não, não sou daqueles que gosta de de reviver os velhos clássicos, naquela tendência que é o pseudo-apreciar música ligeira/kitsch. (perdoem-me se usar demasiados pseudo's)
Vitor Espadinha era a consciência cultural deste país, faz hoje alguns anos. Era ver o grande Vitor a destilar sapiência no excelente "Cabaret da Coxa". Se Vitor fosse um pugilista, ele era um daqueles com guarda baixa, transpirando o carácter Muhammad, e jogo de punhos tenaz.
Esse meus amigos, o bom velho Vitor...
Agora o que vemos é uma criatura diferente, um Rocky na fase Rocky V. Decadente, um drama social, a comer da mão dos outros, sem o carácter Muhammad de olhar de cima para baixo. O que vemos agora é um Vitor que é um maluco do riso, um maré alta...
Ó Vitor, o que foste, e o que te tornaste!!.... Oh meu bom e velho Vitor!

Com amizade me despeço neste formato mais alternativo, dentro do mundo alternativo que é o do Pasta's, mais divagações em breve...

Momento Zen- "(...)e hail JCM! (que neste momento com os seus diálogos deve estar a fazer corar de vergonha o senhor Jesus)"

quinta-feira, fevereiro 10, 2005

Uma questão de BI: há já muitos anos, desde a minha 4ª classe para ser mais preciso, que me debato com uma questão de proporoes gigantescas: o tamanho do BI português! Os estrangeiros e os emigrantes clandestinos podem não perceber este drama mas qualquer português que não enviou o seu BI para a máquina de lavar ou que ainda não o tenha usado como combustível para a lareira (porque tem mesmo muito para arder) percebe o problema. Acho difícil de entender como é que ainda não houve um levantamento nacional, e até mesmo internacional por solidariedade, contra o monstruoso, megalómano e gigantesco tamanho do nosso BI. Acredito que muitos milhões de portugueses sofrem tal como eu quando têm de andar com aquilo na carteira porque é medonho. Mete medo. Eu tenho medo do meu enorme BI! Sempre que o tento meter na carteira e ele, evidentemente, vê-se lixado para lá caber faço um exercicío físico da maior das complexidades!! E, quando tento dobra-lo nem que seja uns micrómetros para ele lá caber melhor, fico sempre com uma sensação de medo puro!! Medo que uma coisa daquelas me morda e me esventre por completo. Não sei qual foi a ideia dos homenzinhos que inventaram o formato do BI mas criaram um autêntico monstro, disso tenho a certeza! Além disto tudo é um raio de um cartão feio como o diabo!! Plastificado com 1 metro de plástico a sobrar de cada lado, amarelo cor de papiro (por favor!!! Ninguém usa aquela cor além dos egípcios há 3000 anos atrás!!) e por baixo do plástico é mesmo só papel!! Tenho a certeza que metade da população portuguesa já lavou o BI na máquina e ficou com o dito cujo num estado ainda mais lastimoso. Tudo isto resulta numa grande vergonha de mostrar o BI seja a quem for... Além de ter medo dele, tenho nojo! Preferia andar com um sapo esmagado na sola do sapato em vez de ter de andar com aquela aberração!! O meu BI actual ainda não foi à máquina como o anterior mas é claro que o odeio e espero nunca o tirar da carteira agora que já se adaptou... Podem pensar que é um problemazito menor mas eu acho que a auto-estima baixíssima do povo português e até mesmo os problemas económicos do país se devem à enorme vergonha, que acredito que quase todos têm do nosso temível e astronomicamente gigantesco BI!! Espero que esta reflexão mude o rumo do país porque é no BI que se deviam concentrar os próximos governos. É ele, ou melhor a completa destruição do formato actual, a chave de todos os problemas do mundo!

domingo, fevereiro 06, 2005

Política: não é que eu não goste dela, só falo dela neste espaço porque não tem piada nenhuma. Enquanto observava o "debate" manipulando astutamente o telecomando para o conseguir ver nos 2 canais, sim, porque tinha de aproveitar o facto de poder ver exactamente a mesma coisa, durante uma hora e meia em 2 estações generalistas, fiquei subitamente em êxtase! Por momentos durante aquele "combate infernal", de fortes insultos, murros e pontapés na mesa e até políticos a levantar a voz, completamente fora de si, em vias de chegar a vias de facto, cheguei a pensar que aquilo devia ter bolinha. Acredito mesmo que muitas das criancinhas que possam ter visto aquilo, e acredito que tenham sido muitas porque, meus amigos, ali houve violência, vão ter uma vida medonha, triste, afectada e estarão neste momento nas suas caminhas a suar como bichos devido aos pesadelos traumáticos que o "combate infernal" causou. Espero que daqui a 10 anos, serão então adultas as crincinhas afectadas, não resolvam uma desavença entre dois putos dizendo a um deles: "Pronto. Acabou o teu tempo... Ah, Ah, olha que vais perder tempo para as declarações finais!! Ok, agora podes responder Joaõzinho! 30 segundos.".

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Bem, das duas uma:

...ou este gajo fumou rosas ou o dente cresceu tanto que lhe rasgou o córtex cerebral, porque só assim é possível discutir (já nem digo entender) o convite endereçado a mim próprio para vir até aqui falar de nada. Bem é que das divagações kantianas, da metamorfóse de kafka, dos compêndios históricos de karl marx e das revoluções bolcheviques qualquer um fala... Mas falar de nada??? Por demo! Não é tarefa para qualquer um muito menos para mim!!!! Não faço ideia, coo é óbvio, do que vou escrever por estas andanças mas asseguro-vos que, meus amigos, isto não vai, decididamente, ser bonito! Para já quero deixar algumas questões para as quais nunca encontrei respostas e que agora com esta participação espero poder obte-las. Por exemplo: kero saber porque é que todos os produtos que têm "Abertura Fácil" nas tampas são sempre os mais difíceis de abrir e porque é que certas pessoas fazem caras medonhamente (isto existe?) esquisitas quando ouvem qualquer ruído estranho ou quando estão a espremer belicamente uma qualquer verruga frente ao espelho ou quando pintam os lábios (no caso das mulheres... bem, não só). São questões pertinentes eu sei mas, porra, se óbelix carregava um menir às costas eu também posso com este fardo que é procurar estas repostas que, acredito, irão melhorar significativamente o nível de vida mundial. Não agradeço estar aqui até porque o chefe vai com certeza arrepender-se rapidamente, se já não o está. Abraços.