terça-feira, março 29, 2005

A decadência sob forma de post


Por vezes há vontade de ter isto minimamente actualizado pese embora não exista "o nada" em quantidades suficientes para constituir a matéria chamada de inspiração.
Como se aproximam já, e a passos largos, as 4h da matina e ninguém me dá toques ou manda mensagens, vou escrever um pouco.

Vou contar algumas das minhas irritações cliché.
Irrita-me a TVI com as suas produções nacionais.
Irrita-me o genérico do SIC 10horas. Aquelas letras em que sonhar rima com cantar, e outras poesias que tais.
Irrita-me o programa do Goucha com que tenho de levar sempre que acordo.
Irrita-me a música puxa-lágrima que a TVI decide passar por cada criança que precisa de um transplante de coração.
Irrita-me pensar que posso não acordar de manhã para ver o programa do Goucha (isto sim seria preocupante).
Irrita-me que não seja reconhecido o potencial dos jovens actores do elenco de "Zero em Comportamento" da SIC.
Irria-me que as rádios não passem música portuguesa. (sim, aderi à causa do Toy, apoiem aquilo de que não estamos fartos, Romana, Nel Monteiro, Luis Filipe Neves, Santamaria, Anna Malhoa...)
Irrita-me que o Gato Fedorento tenha passado a ter piada de uma semana para a outra.
Irrita-me que esta onde "fedorenta" me faça lembrar a onda humorística desse poço de diversão que é Fernando Rocha e suas personangens. (sim, Tibúrcio, Matumbina, vocês tinham piada...a potes!!)
Irrita-me que ninguém ache genial o mais genial de todos os programas: "O Homem da Conspiração".
Irrita-me que o Benfica nunca ganhe quando tem de ganhar, à excepção da semana passada.
Irrita-me que muita coisa me irrite.
Irrita-me que não tenha tido assunto mais relevante para aqui falar.
Irrita-me que não me soe bem a palavra "falar" num blog...escrito.
Irrita-me que este post seja a ovelha-negra deste blog. Extremamente mal escrito e desinteressante.

No entanto, acho genial algo fora do tom qualitativo a que me habituei a ver no Pasta's. Faz-me lembrar aquelas bandas que decidem fazer um álbum fora do comum. Daqueles álbuns mesmo maus, mas que dá para marcar a diferença e valorizar o resto do reportório (ou será repertório??). Onde raio está o "Aprenda a falar em bom português no programa da manhã"?!
Esteticamente penso que este post se enquadre bem. De momento ainda não pensei que foto postarei juntamente com isto... Vá, vou dormir. Apareçam e comentem...insultem, sabe bem...

P.S.- Agora uma tentativa pouco espontânea de criar um momento zen: ...d****! (ok, foi mau...)

Momento Zen- "(...) d**** (...)"

segunda-feira, março 14, 2005

TV(I): no seguimento do último post escrevinhado pelo gajo cujo nome não deve ser pronunciado correndo o risco de ele descer dos céus e nos transformar o vinho em água, venho falar de um fenómeno. Onde surgiram pela primeira vez as mensagens de rodapé em Portugal? Isso mesmo. Na TVI! É disso que vos venho falar. Desse hino à televisão e à cultura televisiva que é a TVI! As ditas cujas mensagens surgiram no Jornal Nacional, sem dúvida o maior telejornal do mundo. Não por ser bom, claro, mas por ser mesmo o maior. Dura, por vezes, mais de hora e meia e tem de tudo: desde pessoas com uma unha encravada a necessitarem urgentemente de um transplante do dedo grande do pé, a uma pivô com a bocarra grande demais que tem a mania que pode criticar tudo aquilo que noticía só por ser a mulher do director. A TVI tem também as novelas. Todas. Por dia devem passar 16 horas de novelas novas, repetidas e recauchutadas. Tem os morangos. Eu acredito piamente que os morangos vão ficar na história televisiva tal como a TV Rural ou o Zip Zip. Acho até que vão ser condecorados pelo presidente pelo serviço público que têm providenciado à geração do futuro (afinal são responsáveis pela criação de dois grupos do pior que há e que fazem inveja ao Al-Zarqaui que são os Betos e os Dreds!). O que realmente me excita nos morangos são os "betos" alegremente a se auto-denominarem de "betos". Genial. A TVI tem outro programa que é, sem dúvida, o expoente máximo da galhofada. Os Batanetes, Batanitos, bla bla bla. São programas como os batanetes que me fazem desejar, sempre que os vejo durante mais de 2 segundos, que me depilem as pernas com uma lâmina bic usada, me encharquem as pernas com álcool e de seguida acendam um fósforo junto às mesmas. E tudo isto é melhor que ver 2 segundos dos batanetes! Por tudo isto e muito mais desejo ardentemente que um qualquer terrorista tenha a feliz ideia de deixar de se auto-explodir em autocarros israelitas e rebente de uma vez por todas a TVI. Tenho dito!

sábado, março 12, 2005

Regimento 49

No último post, falava eu de elefantes. Agora, eis que, arguto, escrevo ao som de uns Mastodon. Pois agora tenho de transmitir que a minha vontade dissertiva (se é que tal vontade existe) caminha por terrenos bem mais minimalistas. Há que não estranhar possíveis influências ou semelhanças Junotianas ao longo das próximas muitas ou poucas palavras.

Vêem-me agora à mente ideias e conceitos que, por muito que tente esforçar o complexo córtex-criatividade, não me ocorre plausibilidade seja por uma ou outra ponta que lhe pegue. Falo de algo que, imediatamente, após contacto inicial me provoca sensações de uma nebulosidade monotónica e ligeiro-depressiva. Falo das barras de informação na parte inferior dos nossos ecrãs de televisão.
Fazem agora, por estas alturas entre este 12 e o próximo 12, o das águas mil, meses a que dou preferência ao negro enigmático e genial de uma televisão desligada, em detrimento da confusão que me provoca o destilar (desfilar neste caso) de mensagens constantemente erráticas e direccionadas para um abismo que é o da não chegada ao potencial ou desejado receptor. Pensará mesmo o Quim Tó de Airães que a Carmo Teixeira de Valadares vai ver o "Amo-te muito/quero casar ctg" que o faz gastar a módica quantia (e posteriormente multiplicada) de uns quase euro e meio? Pensará o ex-combatente da infantaria 27 do esquadrão 31 que os pobres dos seus colegas, há muito enterrados nas Penajóias deste país, se lembrarão de reparar com o mínimo atenção no número de contacto do nosso ex-combato-fuzileiro no Ultramar e ligar a marcar um jantar?
Pena deles e raiva por aqueles que olhando cá para baixo do nosso Portugal se contentam em encher os armários com a pretensa saudade de alguns.
Ficam a perder as televisões. Enchem o ecrã, afastam o espectador como consequência de tamanha poluição visual.

E bem, acabei aqui por não falar bem daquilo que pretendia... Uns minutos bastarão e cá estarei eu a falar de leite creme quiçá.

Um aparte, aqui ou noutro lado, é necessário para explicar que as coisas nunca saem como queremos. Pasta dos Dentes evolui sem nunca estar desevoluido. Tem fugido um pouco aos propósitos. Ganha em crítica social e pensamentos "dia-a-dianos". Quem sabe de futuro não voltará aquela cultura piada parva que vos falava no início. Pode ser que sim ou que não. Té já...

Momento Zen- "(...) quiçá (...)"

P.S.- Este foi sem dúvida o momento zen mais indiscutível do Pasta's. (juntamente com o fortemente sobre-valorizado JCM)

domingo, março 06, 2005

Sim, é um elefante

Lendo o post sobre fluídos, deve o leitor pensar que já está farto de conversas de casa de banho. Pois bem, pense um pouco melhor e questione neste momento aquilo que está a fazer. Agora, tente de alguma forma relacionar esse alguma coisa com o arguido no processo "Apito Dourado", Azevedo Duarte. Eu sei que não tem lógica, mas não deixa de ser belo, não deixa de ser agradável o cheiro.Vamos agora dar um toque nauseabundo à conversa.Há quem goste do sabor a sangue. Há ainda quem goste da leve sensação que é ser esmurrado no nariz e de sentir o sangue a coagular em plenas vias respiratórias. "Estranhamente" agradável. O que aqui encontramos é assim. Vejo beleza numa flor. Vejo beleza numa flor morta. Dois tipos de beleza, diferentes contudo. É tudo uma questão de perspectiva, ponto de vista digamos.

Momento Zen- "(...) Vejo beleza numa flor. Vejo beleza numa flor morta. (...)"