sábado, março 12, 2005

Regimento 49

No último post, falava eu de elefantes. Agora, eis que, arguto, escrevo ao som de uns Mastodon. Pois agora tenho de transmitir que a minha vontade dissertiva (se é que tal vontade existe) caminha por terrenos bem mais minimalistas. Há que não estranhar possíveis influências ou semelhanças Junotianas ao longo das próximas muitas ou poucas palavras.

Vêem-me agora à mente ideias e conceitos que, por muito que tente esforçar o complexo córtex-criatividade, não me ocorre plausibilidade seja por uma ou outra ponta que lhe pegue. Falo de algo que, imediatamente, após contacto inicial me provoca sensações de uma nebulosidade monotónica e ligeiro-depressiva. Falo das barras de informação na parte inferior dos nossos ecrãs de televisão.
Fazem agora, por estas alturas entre este 12 e o próximo 12, o das águas mil, meses a que dou preferência ao negro enigmático e genial de uma televisão desligada, em detrimento da confusão que me provoca o destilar (desfilar neste caso) de mensagens constantemente erráticas e direccionadas para um abismo que é o da não chegada ao potencial ou desejado receptor. Pensará mesmo o Quim Tó de Airães que a Carmo Teixeira de Valadares vai ver o "Amo-te muito/quero casar ctg" que o faz gastar a módica quantia (e posteriormente multiplicada) de uns quase euro e meio? Pensará o ex-combatente da infantaria 27 do esquadrão 31 que os pobres dos seus colegas, há muito enterrados nas Penajóias deste país, se lembrarão de reparar com o mínimo atenção no número de contacto do nosso ex-combato-fuzileiro no Ultramar e ligar a marcar um jantar?
Pena deles e raiva por aqueles que olhando cá para baixo do nosso Portugal se contentam em encher os armários com a pretensa saudade de alguns.
Ficam a perder as televisões. Enchem o ecrã, afastam o espectador como consequência de tamanha poluição visual.

E bem, acabei aqui por não falar bem daquilo que pretendia... Uns minutos bastarão e cá estarei eu a falar de leite creme quiçá.

Um aparte, aqui ou noutro lado, é necessário para explicar que as coisas nunca saem como queremos. Pasta dos Dentes evolui sem nunca estar desevoluido. Tem fugido um pouco aos propósitos. Ganha em crítica social e pensamentos "dia-a-dianos". Quem sabe de futuro não voltará aquela cultura piada parva que vos falava no início. Pode ser que sim ou que não. Té já...

Momento Zen- "(...) quiçá (...)"

P.S.- Este foi sem dúvida o momento zen mais indiscutível do Pasta's. (juntamente com o fortemente sobre-valorizado JCM)

2 comentários:

biZarre disse...

gandas malucos! ;)

Anónimo disse...

meus amigos desta vez passaram os limites do bom senso e eu n posso deixar passar isso incolume. Em 1º lugar e antes de tudo quero dizer...boa noite.
Em 2º quero mostrar a minha indignaçao em relaçao à escolha do momento zen. na minha opiniao devia ser: "sensações de uma nebulosidade monotónica".
Agora q eu descarreguei o autoclismo da minha consciencia e estou mais aliviado despeço-me com os melhores cumprimentos